sábado, 2 de maio de 2009

Primeiro Sol

Sim, não haja dúvidas que é tempo de virar a página e (re)começar um novo capitulo.
Ontem mesmo fez Sol, foi o primeiro dia com aquele Sol seguro, com cara de Sol de Verão(em mim), virei a página da minha vida, encerrei um capitulo, de uma forma linda, e chorei. Hoje, comecei a escrever novas linhas, numa nova página. Sinto dor, está presente o meu ontem, é natural, visto que ainda é(sou) o mesmo livro. EU.







Li o post da D. e ia comentar, quando vi, esta a escrever para(de) mim.

1 comentário:

Diana disse...

Os acontecimentos decorrem ao longo do tempo como consequência de uma qualquer causa. Começam e acabam em momentos facilmente identificáveis. Parece simples, não parece? Mas não é. Há sempre algo que nos faz voltar, e a saudade não explica tudo. Provavelmente não explica absolutamente nada.
Sei cada vez menos, como qualquer outro. Acumulo memórias que não arquivo devidamente. Prendo-as às coisas para que não desapareçam e agarro-me ao que fui. É a única forma de esquecer o que hoje sou. É a solução mais saudável, a única forma de continuar. É um bicho estranho, o humano.
Sou, ou era, ou fui. Confundo facilmente os tempos verbais quando falo de mim. Em pensamento é menos confuso. Sou, perdão, fui, perfeita. Em tudo: nos sorrisos, nos abraços, nos risos, nas palavras, nos momentos, nas conversas noite fora e dia também, nos filmes, na música, como amiga, como amante, como coisa nenhuma.
Há sempre algo que nos faz voltar a querer ser. A saudade não explica nada. Quando nada mais sobra, quando tudo parece perdido e só nos temos a nós, somos o oásis que nos esconde do mundo. Depois endireitamos os ombros, erguemos a cabeça, olhamos à volta e os dias já não são tão escuros. Enchemo-nos de força e deixamos de nos achar tão perfeitos assim. Afinal, nem sequer gostamos de nós. Mas, bem sei, acabamos por voltar a amar alguém e tudo, a um ritmo novo, no meu caso a dois, se endireita. É irresistível e bom.